Finalizadas as contagiantes peladas na Rua do Pixe, em Afogados, num ritmo de exaustão, o caminho natural visava assento na pedra situada em frente da casa de Toddy - hoje o Gordo da Bomboniere -, em Areias, Josemir para sua companheira, mas indubitavelmente o responsável pelas incontáveis garrafas de água no alívio da sede do esforço do esporte bretão.
A resenha era desmedida, das melhores pernas, aos melhores seios, naturalmente, misturado com o prazer pela poesia do samba e a busca do plus para as aproximações afetivas, eis que se funda uma escola de samba,onde o nome não poderia ser outro : UDX.
Sem reservas e sem as dificuldades da época, pois onde chegávamos para apresentar a proposta sócio-cultural era um constrangimento só com a propriedade do nome - por aqui -, fica mais fácil: Unidos da Xoxota.
E não poderia ser outro, a testoterona era hegemônica; a progesterona imbutida, mas com o tempo encontrou seu prumo. Os embalos de sábado à noite, as quadrilhas juninas, marcas do calendário de eventos que ditavam o ritmo do samba terminaram por gerar guarida para o desabrocho dos hormônios.
Namoros, namoros que geraram casamentos, a verdade é que aquela geração deixou marcas etnograficamente preservadas nos álbuns de fotografias de Dona Zira e Sérgio AP.
Servidores públicos, profissionais liberais, comerciantes, empresários, acima de tudo, amigos, amigos que tiveram suas trajetórias de vida furtivamente desviadas pelas intempéries da espada do destino.
No entanto,é sobretudo no legado edificado pelas famílias constituídas, pelo renitente sentimento de saudade, pelos olhos que marejam a cada reencontro que evidenciamos o quão producente fora aquela geração voltada para as solícitas poesia da vida.
Ainda guardo em mim a esperança de que um dia, um dia quem sabe, haveremos de organizar um evento e aproveitar os recursos do mundo pós-moderno para trazermos à tona a dor que não se brinca. A dor que clama a saudade, a saudade daquelas conversas que não terminamos ontem, que ficou em Dona Albina, no Casquinho, da 21 de Abril, no barracão da casa de Fábio Chocolate, na pedra, reles testemunha...simplesmente conversas, imortalizadas no seio de uma geração que deu certo.
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