segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Ele fez sua parte, 2012 o aparte


Como na parábola do beija-flor, imortalizada na metáfora da solidariedade pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, que varreu o país numa ação de combate a fome e a miséria e pela vida, no resguardo das proporções devidas, eis que num lócus castigado pela intempéries da seca, um soldado da fé, rompeu as barganhas dos burocratas e ofereceu cidadania a partir dos que não são cidadãos.
Isso mesmo, Hugo Jr provocou 2012 trazendo o sentido da democracia  nas evidências das vísceras públicas sintetizadas em matérias e textos num reclame de civilidade em prol da justiça social.
O fecho do ano foi de arrepiar. Você sabe de onde vem à carne que você consome ?
Trouxe à tona mais um arremedo dos que acumularam vicissitudes públicas, obstaculando a expansão da participação popular, hostilizando a premência pelo elementar.
 Sabe Deus o alcance daquelas mazelas encontradas naquele matadouro. Ali não se trata apenas da morte de animais para o consumo humano. Encontra apelo a exploração do trabalho infantil. As endemias na saúde. A reciclagem do lixo.
 Bom, enfim, não fosse, mais uma vez, aquele intrépido cidadão a tornar público, o que ao público acomete, seria tão somente mais uma despesa incorrida a ser contabilizada nesse passivo social que só pega volume.
Através de suas intervenções, houve uma reinvenção da solidariedade, provocando a instância pública a assumir a agenda política pela mão da democracia e da cidadania.
 Para uma sociologia das ausências e das emergências, uma horda piauiense traz a identidade da resistência consolidada naquele que fez sua parte, fazendo de 2012 o aparte a tudo aquilo que ainda teima em se impor pelo bruto.
Parabéns Hugo Jr, a cidadania agradece.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Um mandato a serviço da ética




Era minha obrigação. Aliás, muito mais que. A partir daquele inusitado momento, que me tomara de assalto, sobre a estanque iniciativa da vereadora Rúbia Moura de Carvalho, eleita pelo PC do B, com centenas de votos, - de nos fazer citar nas eloquentes fibras de seu discurso, ofereci passagem para o que realmente nos deixa feliz.
Nos escritos do brilhante Zigman Bauman, a arte da vida não é um catálogo de opções de vida nem um guia prático. O que se espera para a vida e como alcançá-lo são, necessariamente, uma responsabilidade individual.
Como eleitor, militante da causa, pude no compasso do tempo acompanhar - mesmo que geograficamente distante, fazendo uso das ferramentas alternativas da globalização, testemunhar o destemor de cada passo daquele mandato a serviço da ética.
Sim,  a serviço da ética democrática.
 Insertos cada vez mais num mundo que transiciona entre os caminhos da democracia possível e a passagem para a democracia ideal, é possível avaliar com denodo o alcance republicano desse projeto político para o empoderamento da lide.
Dos discursos inflamados no parlamento, sempre orientados pela ânsia do clamor popular, ao rigor fiscalizatório com as rubricas orçamentárias,sobretudo com a incansável batalha em trazer pro debate o que Rousseau sustentava desde os idos da Revolução Francesa : "admito que é impossível existir democracia perfeita, pelo menos no sentido de democracia direta perfeita, uma vez que esta implicaria em algo não factível, ou seja, que o povo fizesse política em tempo integral".
Rúbia não se fez de rogada, inflamou a utopia instando o exercício das manifestações populares onde quer que se apresentasse o passivo social: um exercício de Poliarquia.
Católica fervorosa, conseguiu numa incessante luta consagrar o Dia dos Evangélicos. Empenhou-se pelo Plano de Cargos e Carreira dos servidores. Assumiu com fervor a luta dos agentes de saúde.Ampliou o capital político do seu grupo, ao ponto de eleger, sua irmã, a vereadora mais votada do município, com folga para puxar mais um da coligação.
Não sem tempo, as recompensas pelo outro, aos olhos da alteridade, sem surpresas o logro:
 por duas vezes, eleita pelo renomado Instituto Tiradentes, a vereadora mais atuante, combativa.
Como diria Gandhi, definitivamente, não existe caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.
E quando nos encontramos nessas oportunidades que  a vida oferece, não tenho dúvidas, oferecemos um algo novo para capitalizar o FIB (Felicidade Interna Bruta). Capitaneamos esforços para um mundo melhor. A missão dada foi cumprida. O desafio agora é compartilhar o sentido da vida.
Naquele mandato, aquela vereadora, numa cidadezinha apaixonante, dotada de um povo guerreiro, humilde e que se harmoniza com o sentido da vida, é possível entender o que realmente nos deixa feliz.
Firme e forte na luta, vereadora Rúbia.






sábado, 8 de dezembro de 2012

As coisas belas são difíceis










Há de ser o último? Desde que ele nos faça deferências.
Então pergunto: Fotogenia ? Hum. Beleza ? Mas..o que vem a ser beleza ? A quem lhe cabe a propriedade ? Sei...Também não sei,
Que pensamos então que aconteceria, se a alguém ocorresse contemplar o próprio belo, nítido, puro, simples, e não repleto de carnes, humanas, de cores e outras muitas ninharias mortais, mas o próprio divino belo pudesse ele em sua forma única contemplar? Porventura pensas, disse, que é vida vã a de um homem a olhar naquela direção e aquele objecto, com aquilo com que deve, quando o contempla e com ele convive? Ou não consideras, disse ela, que somente então, quando vir o belo com aquilo com que este pode ser visto, ocorrer-lhe-á produzir não sombras de virtude, porque não é em sombra que estará a tocar, mas em reais virtudes, porque é no real que estará a tocar?As coisas belas são difíceis.