domingo, 28 de março de 2010

Na estrada da vida, o mote é ser feliz

Como todos ou tudo que pensa, e, como diria o poeta, tenho fases, fases como a lua, fases de ser sozinho, fases de ser só sua. A "sua" da vez é indubitavelmente a felicidade. Nos idos atuais venho transitando entre o Estuário, de Samarone, o Caótico de Inácio, o Blog de Nassif, e a pós-modernidade de Bauman, o que sai disso tudo, às vezes, faz com que não sente perto da janela do meu apartamento. Muito embora, tenha tela.Mas, eis que vem a porra dos Nardoni resgatar meus monstrinhos. De positivo, vem as teses de Pascal, recomendando um recolhimento ao quarto, e fomento a arte de pensar, antes de agir. Tenho tido lucros, mas não fujo dos conflitos urbanos,trabalhistas, ideológicos e futebolisticos nem com a porra, uma vez que tem um negócio dentro de mim, que nem catimbozeiro, espírita ou intelectual do cefish da UFPE conseguem definir. Fazer o que? Bola pra frente. O mote é esse. E nesse diapasão, sigo com umas cervejinhas, peladas, cinemas, debates, tuiteres  e as misérias da felicidade, convicto de que é na busca pela alegria que faz as dores valerem a pena.

Quando se é feliz



."Pai, eu posso". Não. Por que não? E aí, tome discussão Socrática, banqueteando o debate. " Mãe, fui segundo na eleição pra representante ". " Mas, nem pude fazer campanha, estive doente, faltei ". Por mais incertos e inseguros com a liquidez da vida, é nessas horas que encontramos a felicidade,ilustrada nesses resultados. No desafio da arte da vida a luta pelo alcance da felicidade cada vez mais nos põe de frente ao horizonte. Como se cada passo que damos, obstáculos serão nossos guias. Nesse sentido, é fato inconteste a plenitude de minha felicidade em poder acompanhar o crescimento de minha prole.Por mais que não tenhamos a concretude do ideário do "Super-Homem"protagonizado por Niestchze, capazes de nos potencializar através de uma auto-afirmação que nos leve a um controle imaculado sobre nós mesmos, em muito nos satisfaz quando passamos a testemunhar a insurgência de um genuíno ser dotado de retidão, sensibilidade, afeto, criticidade e  apelo democrático. Vinícius vem numa crescente, olhando pros lados, pra dentro, pra frente, adaptado a inexorável condição de ser feliz, agindo. Na escola, em casa, entre os amigos, na formação de uma leitura do mundo. Anula o que não compreende, concilia em prol do todo, questiona regras, reconhece o zelo dos pares, e é todo prosa no arranjo da vida. A nós cabe impedir que nossas fraquezas e indisposições do passado, cerceiem o direito de planejar um novo início, passando incólume no processo de formação, podendo assim, completar e expandir o nosso projeto de felicidade.Quando se é feliz, tendemos a deixar marcas, e as nossas se confundem com o sucedâneo de nossa semente filial, onde permitir a edificação de suas obras de arte será o selo de nossas conquistas. Vida longa Vinícius. 11 anos. Dia 02 de abril nos aguarda.