sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Relações de Poder no futebol : Juninho (PE) passa, o Sport fica




Antônio Augusto Ribeiro Reis Júnior, Juninho Pernambucano - assim conhecido, por toda uma comunidade desportiva mundo afora, prestes a encerrar sua carreira bem sucedida no mundo do futebol, num gesto impensado, termina por manchar sua imagem juntamente ao seu nascedouro, revisando atos de violência, distantes da beleza do gol de falta que acabara de pronunciar naquela fria noite de quarta-feira.
Em suas concepções epistemológicas, Freud e Einstein, em 1932, alertavam sobre as relações entre Poder e Violência concluindo que esses procedimentos alcançam despertar nos homens tão selvagem que os  entusiasmam até levá-los a sacrificar sua vida. Para tanto, só há uma contestação possível: porque o homem tem dentro de si um apetite de ódio e destrutividade. Juninho (PE) se movia por esses atributos.
Nos olhos, na direção, na falta de respeito para com um clube e sua torcida cercada de emoções - pelo próprio quadro circunstancial que retrata o momento da entidade, o "reizinho" de São Januário,num lamentável infortúnio, não se fez de rogado e usou do argumento irracional da violência.
Inconformado com as missivas elencadas durante toda a partida, quando em contato com a bola, Juninho Pernambucano fez uso da violência como mecanismo de  reação ao enfraquecimento do poder; é o agir sem argumentar, sem o discurso.
Foucault afirmava que, a violência resume-se no agir sem argumentar, sem estar dentro de um processo discursivo que é a essência do poder. Pois, os argumentos utilizados pelo atleta, aventando a despeito da "falta de memória do torcedor" distam e muito do esforço empreendido pelo clube para trazê-lo de volta às origens, inclusive oferecendo os mesmos valores apresentados pelo clube do Alto da Colina.
Em toda praça esportiva - no quesito emoção, aos olhos de Weber, o torcedor é o mesmo. Trata-se de indivíduos carregados de emoção, num uso da parte minoritária do binômio que assim caracteriza o indivíduo.

E, nessas horas de forte conotação passional, a forma extrema de poder é todos contra um; a forma
extrema de violência é o um contra todos”.São fenômenos distintos, caminham em direção oposta e não são suficientes para dar conta da complexidade das interações entre indivíduos e sociedade - é um tal de Pelo Sport Tudo !!!


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Coração leviano!!!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Agora querem calar os Blogs!!!





Ano eleitoral é assim. Tudo pode pra preservar espaços. Todo gesto é possível.
Manter  condomínios estratégicos - já pensando em 2014, é o alicerce a ser perseguido.
Inevitavelmente, São Paulo, Belo Horizonte e Recife pelos links estratégicos terminaram por alcançar um certo destaque, com os respectivos atores polítivos respondendo pelo protagonismo das iniciativas em gerar recorrência país afora.
Nesse diapasão, Serra alcança um destaque pirotécnico, dando-se ao despropósito de investir contra a fala dos blogs - ao ponto de representar junto à Procuradoria Geral Eleitoral, a despeito dos contratos publicitários que o Estado, através de algumas empresas públicas celebram com esses espaços de formação de opinião, com acessibilidade de inatacável monta.
Mas é Serra. O que pratica, sobretudo quando se move pelo desespero externado na sua histórica dificuldade de passar dos trinta por cento em São Paulo.
O paradoxo está que o tucano, quando assim se posiciona, assim o faz, certo de que alcançará sucesso.
Estranhamente, não questiona os´vícios redibitórios dos contratos publicitários patrocinados pelo governo paulista com a Revista Veja..
 Para Nassif, em seu endereço eletrônico, o que Serra quer mesmo — e não é de hoje – é impedir a manifestação de seus adversários.
Eles querem mais. Na oportuna ferramenta do marketing, farão uso dos recursos midiáticos, para, em pele de cordeiro, desviar o debate sobre o que se pronuncia como premente para população.
Onde querem calar, hão de se alimentar para divulgar, defenestrar, forjar dossiês, inibir, dissimular - desde que, os que assim se posicionem, alinhem-se ao seu instinto fratricida de ser contra-regra das práticas democráticas..



















sexta-feira, 3 de agosto de 2012

E ainda falam em desenvolvimento: Simões (PI) e Venturosa (PE), o joio e o trigo.




Estava meio cansado. Estado de férias, é assim. No entanto, o que tem a seca de ser devastadora, tem a safra politica de ser farta em infortúnios.
- Quando vi o estrago, perguntei, mas o que foi desta vez ?
- Foi o prefeito que decidiu.
Sem uma placa alusiva ao custo da obra. Sem que a população fosse informada.Sem que houvesse qualquer inversão de prioridade a contemplar o interesse dos desvalidos, tão massacrados pelos assombros da seca - decididamente, das mais devastadoras das últimas décadas, o que ali se vê, não se consegue definir; para alguns, são as conjecturas do "desenvolvimento local".
Como se não bastasse, cerca de quinze dias a concessionaria de energia cortara a luz da prefeitura.
De imediato nos vem a cabeça, mais cem mil reais jogados fora.
Ao invés de investir na periferia - como no próprio campo de futebol, construindo espaços sociais de lazer e cultura, pequenas arenas de interação social, integrando comunidades subsumidas a condição de excludentes, pelo visto, lá vem mais bares.
Na lucidez de Boaventura Santos assim inquietamos, "A autoflagelação é a má consciência da passividade, e não é fácil superá-la num contexto em que a passividade, quando não é querida, é imposta. Estamos a ser agidos."
Enquanto isso, conforme observou o jornalista, consultor da UNICEF, Inácio França, em Venturosa, sertão pernambucano é assim:
" Em Venturosa, a academia foi construída longe dos olhos da classe média local e dos motoristas que passam pelas duas estradas que se cruzam na cidade e a dividem em quatro pedaços.
A secretária de Educação, Sônia, respondeu sem demonstrar ter interpretado mal o motivos da minha curiosidade:
- Foi o prefeito que decidiu o local.
O “local” é a Vila Bacurau, 200 casas populares construídas pelo Governo Federal e inicialmente ocupadas por moradores da cidade que viviam em barracos ou casas de taipa. Muitos deles já passaram a casinha adiante, “vendendo” seu direito de uso para famílias de migrantes.
O lugar é um barril de pólvora a ameaçar a paz de Venturosa. Um ajuntamento de 200 famílias que sequer se conheciam é diferente de comunidades formadas por gente que convivem há gerações.
Além disso, há crianças. Centenas delas. Só a pastoral da criança acompanha 550 com idade máxima de seis anos. Todas moram na vila ou na Rua Nova, nome da comunidade vizinha e conhecida por ser a área mais carente da cidade até a ocupação da vila Bacurau com dinheiro do PAC.
E crianças crescem.
Esta é a razão de ser da escolha do prefeito. Dentista, cirurgião buço-maxilar para ser exato, ele não tem qualquer formação, militância ou experiência na área social, mas sabe – ou intuiu – que é preciso criar espaços de lazer e de convivência para que evitar que a Bacurau se transforme numa versão reduzida das favelas das capitais.
A academia foi construída a meio caminho entre duas escolas, uma mais antiga que foi ampliada na tal Rua Nova e outra novinha, construída na mesma época em que o novo bairro ganhava forma. Antes, o prefeito precisou vencer uma queda-de-braço com os burocratas da secretaria estadual das Cidades que queriam porque queriam botar a academia na beira da BR. Para garantir mais visibilidade.
Quando surgiu a possibilidade do ministério da Educação repassar mais dinheiro para a construção de uma creche moderna, com berçário, refeitório, serviço de nutricionista, salas de aula para educação infantil, parque de diversões, pátio interno e até um pequeno anfiteatro, o prefeito não teve dúvidas: vai para a Vila Bacurau também.
O pessoal da “rua” não gostou. Os moradores das áreas mais nobres da pequena Venturosa ainda não conseguem entender porque a área mais pobre – e mais nova – da cidade recebeu tantos benefícios.
- Porque é onde mais precisa – repete o prefeito como um mantra. Para confirmar que está firme em suas convicções, decidiu construir uma quadra coberta poliesportiva no terreno por trás da escola. E olhe que na vila Bacurau não tem tantos votos assim. Lá moram 200 famílias. No resto do município estão os outros 16 mil habitantes.
O prefeito, por sinal, é homem de poucas palavras e sorrisos contados a dedo. Na frente de sua casa não há aquela tradicional fila de eleitores pedindo favores, dinheiro ou agrados. Ele não dá esmolas, nem gosta de distribuir apertos de mão ou tapinhas nas costas. Seu comportamento atípico para um político do interior lhe garantiu a fama de pouco acessível e antipático.
Mesmo assim, foi reeleito com folga em 2008. Pelo jeito, seus conterrâneos também não se encaixam nos estereótipos dos eleitores forjados por quem mora na capital´".
Torçamos, para que,em Simões (PI), no tempo certo, saibamos separar o joio do trigo.









A origem do desespero por Ygor Darwin ll



Então vamos lá, senhor Ygor. Na abertura do texto, vejo que manda bem quando externa tudo que te incomoda. São arroubos juvenis. A puberdade é inverossímil.
Senão vejamos, vossa senhoria chega ao ponto de "desmistificar a Teoria da Origem das Espécies"de quem teve o apreço de herdar o nome. Um acerto paterno.
Quanto a similitude com o réptil, sinto-me lisongeado. Meus olhos também são independentes. Fixo os olhos naquilo que realmente pretendo. Minha capacidade de resistência é grande e somos forjados na luta.
Na citação de Gandhi, nisso sim, enfim, concordamos.Como querer adentrar na esfera pública, se não se alcança logro na lide privada ? Melhor salgar couro.
Nunca deixei de publicar nenhum comentário seu, mas deixarei, todos - como poderia ter feito com esse último, por não trazer posto a chave de identidade que entendemos como salutar para um bom debate. Concordo quando diz que"muitos sabem e poucos tem coragem".. Seja resiliente senhor, pois tão fazendo uso das vestes camaleônicas, ora de verde, ora amarelo, assombrados com as perseguições movidas pelo atual gestor.
Não sou weberiano, sou marxista, partidário da teoria dos conflitos, da luta de classe, entendendo que a história é o movel humano.
Sigamos, o tempo urge, item a item serão desdobrados, sua vez e voz estão preservados, como faz todo aquele que pauta sua trajetória sustentado na égide democrática.
1 - Nada de tratá-lo como boçal ou falastrão, apenas compreendo sua dificuldade em se esgueirar como prócer das ciências econômicas, com alento pelo mundo das psicanálises, são construções humanas e longe de mim, reproduzir seus clichês de alma.
2 - Ora os meios, senhor Ygor, são propriedades do mundo Pós-moderno, a democracia vem se movimentando com muita força por esses veículos. Indecência é não pagar conta de luz de prefeitura, bem como atrasar salários de servidores.
3 - Não vou responder em seu face por questões de educação.Mas, coragem, tenho em sobras, Não posso entrar na casa dos outros sem ser convidado, portanto, terá sua resposta e o direito de se afirmar por aqui. Uma vez que, como já veiculamos , trata-se de um espaço público em que tratamos de tornar evidente todas as discussões que acalouram o mundo das metodologias e teorias sociológicas.
4 - Gostei da utilização do termo "ascensão", Bom debate esse, por sinal, aqueça a discussão apresentando qual projeto de lei apresentou o atual gestor quando vereador ? Sim, ao que nos parece, o que hoje ele achincalha, não reconhece como parte de sua história - indubitavelmente, diretamente responsável por lhe eleger como prefeito, enfim, porque quando vereador, vice-prefeito, não atuou para denunciar, apurar, combater? Sr Ygor, inútil dormir, a dor não passa, como diria um certo Chico.
5 e 6 - Só posso te responder o que insidiosamente você tenta me acusar, quando, um dia, assumir sua condição de eminência do parquet, legítimo representante do ministério público, a quem entendo que cabe a competência privativa para acusar, iniciar ações, resguardando os interesses individuais e sociais, como versa a constituição.
7 e 8 - No item 7, há uma aproximação, tenho, de fato um enorme respeito pelo seu pai, o que me poupa de um desgaste, Quanto a fazer, no que diz respeito a esfera pública, não sou agente político, portanto não me cabe. No que tange a condição de cidadão, utilizo os espaços que a democracia consolidou para fazer suas vezes. Pedindo licença a poesia, te digo :
Corro atrás do tempo,vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
9 - Quem me dera chegar onde o senhor chegou, ao que chama de deboche, trago como assunção.
10 - Quando conhecer, identificar, qualquer atributo que margeie a gestão no tecido eficiência, será por aqui que há de encontrar missivas.O senhor fala de desenvolvimento, apresente os números que avançamos na consolidação do ideal. Quando me convencer que as histórias estão desatreladas, o refil será outro. E se a condição de inelegível for imputada ao candidato que hoje pretendo votar, tenhas certeza, renuncio ao sufrágio, pois está provado quem espera nunca alcança.
11 e 12 - Pra isso que existe civilização,para que discordemos. Só não vai encontrar uma linha que atente contra a sua moral, tão pouco dos meus opositores, saúdo outras vestes. Não se preocupe, não busco seu desespero, tão pouco privatizar a verdade, são salvo condutos humanos.Não se pode viver a pensar que o mundo esta a seus pés, mas esqueceu que o mundo tem virada.
Quem é tudo não é nada.Essa vida é um vai e vêm,vai e vêm.
Na canção, alguém já disse, e tenha certeza, não serei eu, cuidado na descida da escada que uma alma envenenada pode envenenar também.
13 e 14 - Aqui já falas em caixa alta, com melindres, querendo limitar meus textos, inibir minha fala, intitular-me de medíocre, aconselhando-me; a ti, desejo a fala, o verso, o verbo, o direito de reverberar, assumindo posições, entregando a vida, essa sim, no tempo certo, nos idos certos, haverá de atuar como combustível para o nosso destino.No entanto, não voltarei a  pernitir que tente incidir contra minha moral, tenha certeza, aqui se encerra o seu desalinho. E amanhã,eu não sei bem o que seja, mas sei que seja o que será, o que será que será que se veja,vai passar por lá.