terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A Coruja de Minerva e a (Des)politização em Simões (PI)



Qualquer semelhança com a realidade, juro, mera coincidência. Por mais que se explorarmos o dom da criticidade encontrar-se-à similitudes com algum personagem naquela horda política piauiense - no entanto -, a metáfora em questão busca conforto na história do mito de Atenas, na Grécia Antiga.
Os olhos fundos, sombreados, insones, induzem ao paralelo, porém não é esse o propósito.
Pois, ao contrário da coruja, faceira em sua arte de enxergar sobre um ângulo de 360 graus numa distância imensurável, a mesma chega a gozar de uma sabedoria prática inconteste.
Quando se faz uma analogia com determinados "princípes políticos" que enterram, aos prantos, um companheiro de batalha num dia, para noutro conduzir um banquete com direito a fogos de artifício, churras, bebidas e outras cositas mais do mundo do bel prazer, esses acontecimentos terminam por inibir tal iniciativa.
Enquanto isso, recebe no fígado, mais uma máquina aterrorizante, a descer serras, promovida pelo  seu desafeto, num desafio anunciado antecipadamente, diga-se de passagem.
Pois, quisesse o algoz, esperar 4 anos pra lançar seu propósito de servir ao seu povo, enveredando numa arena eleitoral, sequer os irmãos poderiam vir à baila.
A mercê da filosofia, o mito da Coruja de Minerva se caracteriza pela habilidade de levantar voo ao entardecer, como tão bem ilustra Hegel.
Em Simões (PI), tarde demais, pois nada melhor que prever para prover, o que faz o eminente gestor da pólis (leia-se município) ? Persegue servidores, condena os descuidados, é imprudente com a justiça - senão vejamos a lambança do concurso público -, e não enxerga a um passo dos seus próprios passos.
Aos olhos do mais nobre cego, é de fácil percepção vê que no afã de se reeleger - sem sequer saber se disputa - a alegria da escolha livre se estiola, enquanto o medo e a ansiedade ganham força, propagando mal-estar por onde quer que passa numa sandice incondicional por se perpetuar no poder.
Despolitizar é o verbo, enfraquecer-se é o caminho, e pelo visto, nem mesmo a Coruja de Minerva, em seu giro de 360, será capaz de com os segredos da noite, influir enquanto os homens dormem, e como dormem.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Máquina Mortífera ll chega à Simões (PI)




Em período de férias, tivesse Simões(PI) galgado a condição de metrópole, com cinemas, teatros, parques temáticos e tantas outras benesses oriundas do mundo do turismo, alcançadas por políticas públicas de grande monta, o achado tornar-se-ia possível.
Ou, quem sabe - e daqui vai a comenda -,eis que um desses abnegados pelo poder desperta pra colocar em praça pública, numa tremenda LED de mil polegadas, com direito a TV a cabo, um calendário de películas de primeira ordem, permitindo o convívio midiático com Mel Gibson e seus asseclas.
Não, nada disso.
De fato, existe a tal máquina, duas máquinas, para ser bem mais preciso. E, na metáfora em questão, realmente vem promovendo estragos que perpassam pelos calourosos debates no parlamento, passando pelos bares, até chegar em seus destinos, rasgando barreiros, limpando-os, fazendo açudes, o que até então na história da região, se apresentava de 4 em 4 anos, para fins de execução dos paliativos da seca, consagrando os parasitas da seara do orçamento.
Para quem entende do riscado, o estrago é grande.Uma verdadeira máquina mortífera.
O alcance é multifacetado, uma vez que investe nas esferas sociais,agrárias, culturais, sustentáveis, mas, sobretudo, no campo político, onde mina bases, constrói uma engenharia de acordos capaz de deixar de cabelo em pé, até quem não tem mais rede capilar.
O custo é assombroso. Um pneu do monte de ferros e aço vale em torno de oito mil reais. As horas de trator dispensam comentários.
 Vale salientar que, a pouco tempo atrás, os intrépidos rapazes do www.simoesnanet.com.br informavam sobre os trabalhos que vinham sendo tocados na Serra do Simões. Entretanto, bastou descer a serra e se aproximar da planície, da sede, que os comentários pegam velocidade e uma verdadeira romaria em torno das máquinas começa a adquirir volume.
Na Paz, no Curralinho, enfim, já não é possível mensurar a quantidade de pessoas e barreiros contemplados.
Há cerca de meses atrás anunciava-se a boca miúda que o agente político desse processo estava chegando : Valdeir vem aí, era a palavra de ordem.
 Pra quem duvidava, pelo visto, veio pra ficar, apostando no trabalho, conversando com o povo, atacando as mazelas da seca e desprovido de qualquer sentimento de vindita, traz consigo, duas mãos e um sentimento do mundo. Provoca o debate, aquece os palanques e mostra que está pro que der e vier.