sábado, 2 de abril de 2011

A ontologia da felicidade





Se me perguntarem o que é felicidade direi : não sei, apenas sinto.
Identifico suas datas, seu nome, sua cor, seu endereço, sua pátria
e seu signo. Não sou poeta, nem faço arte e como criatura apalpo os rasgos
de sua infinitude, tão doce, tão bela, tão séria.
Um tal querer que me beija os olhos, afaga o peito e é só ternura. Não tem idade,
apenas cresce; não tem maldade, e me é tão íntima. É tão forte, tão amoroso, tão quente,
tão frio, tão bela.
Tenho vontade de ninar, sentir seus cabelos, contê-la em zelo, e marcar com cor cada dia
em sua vida. Como semente brota em seu tempo, avessa ao fracasso, humilde em seus passos,
a quem tenho numa fé que me anima em destino, tão sóbria, tão nobre, tão fácil em sua fala.
E vendo a crescer, já tão dono de si, rubra minha face, na rigidez dos seus versos, na singularidade
dos retos, na imensidão de quem voa. Eu, já invisível no espaço, ainda o quero em meus braços,
e me recompenso em seu tempo, pois a cada passo que o cerca sua vida tanto embeleza, que me regozijo em seus sonhos. Ora piloto, jogador, causídico, mas, sempre tão justo, tão nítido, tão farto, tão cheio de amor.
Completa 12 anos a felicidade, não mora sozinha, tem sono bem leve, se veste aos seus modos,
já gosta de música, desenha seu mundo, só come o que quer, já faz muitos amigos, repleta de anseios,
transita em toda parte, não tem preconceito, me passa uma quentura, um querer tão bem,
é tão toda prosa, tão rica em valores, tão ser masculino, que revela um nome:
Vinícius Carvalho Lino.