domingo, 25 de março de 2012

Por favor, salvem o Abrigo de Simões (PI) !



 Dispersos mundo afora pelas idiossincrasias da vida moderna, vez ou outra, retornando a terrinha, o araripinense de volta as raízes, não se contém em fazer suas preces na Verônica.
O bodocoense avistando seu lugarejo desagua num choro lírico ao avistar a Pedra do Claranã, certos de que sua terra está de pé, sua memória preservada.
No Piauí, passando a divisa do Rio Timon no Maranhão e abraçando Teresina, o ritmo da fome pede um saudoso prato de Maria Isabel, iguaria capaz de fazer esquecer o calor na sua íntima relação com a bucólica capital.
Perguntado a qualquer simoense espalhados em Sampa, no Tocantins, Rondônia, na Petrolina em conversas informais sobre o que lhe oferece marcas na sua amada confraria, de bate pronto, a resposta é uníssona : o Abrigo.
Reza a lenda que tal arquitetura encontra seu recôndito apenas em Simões (PI) e em Pio IX (PI).
Cobertura, proteção, segurança, tudo que protege de algo indesejável, no Houaiss é assim, signo de algo que serve para resguardar.
 O Abrigo, situado na praça maior da cidade, se confunde com toda a história daquele povo. Das brincadeiras na praça. Das paqueras. Dos encontros iniciais antes de seguir destino para as tertúlias na la Muralha, no Help. Do saudável vento pra reconfortar das verves do calor da caatinga.
Feliz do Estado brasileiro, do município dessa nação que dispõe de um patrimônio imaterial a revelar a identidade de seu povo. No entanto, querem acabar com o abrigo. Aliás, lotearam o abrigo.
 Sem ouvir a população, sem nenhuma reserva de gestão que gerasse tal intervenção, apenas por caprichos político-eleitorais, de maneira maquiavélica, risíveis 80 mil réis desdobrados em cimento, areia, mão de obra orquestrados para contemplar fornecedores (os de sempre, diga- se de passagem ) - enquanto Pio IX organiza festa pra comemorar a refundação, voltando o coração da cidade a bater - na simpática Simões (PI), seu povo chora.
Por ali, literalmente, os fins justificam os meios. Ainda sonho com o dia onde um gestor com foco na cultura, na preservação da memória de seu povo, haverá de investir na revitalização da praça como um todo, sustentando o abrigo enquanto espaço de fomento de atividades culturais, artísticas, teatrais, explorando o espaço gastronômico com uma comedoria a altura do bom gosto daquele povo.
Mas, acima de tudo, resguardando todo o utilitário de acervos que lhe eterniza no memorial de sua gente. Com a palavra, as redes sociais, o ministério público e os representantes políticos da municipalidade. Salvem o Abrigo.

terça-feira, 13 de março de 2012

E Deus existe




Como pode um ser a quem se queira bem ser tão incisivo ?
E basta seu olhar ungido de paz, guiado pela ausência dos perigos da vida,
para que, de repente, tudo mude.
Eis que a tudo renuncio. esquecido, desvairado,
já penso em cuidados, proteger sua pele, tão fofa, tão doce, tão nobre.
Os que se arvoram da fé anunciam como coisas do céu sua estada ao simples piscar de olhos.
 Os que desta se afastam, nem sempre estão ao alcance das proezas do arquiteto.
Quem dera eu. Puro, Lucca. Simples, Lucca. Luz em Lucca.
 Quando não mais eu sujeito, já entregue, refém do destino, sem pressa pros dias, todo prosa se insurge o maestro e me investe de norte, afaga minha alma e num sopro me seduz pro sentido da vida.
Ao que possa e precisa a centelha de tua vida, sou só certeza que testemunho uma graça e que portanto me faz imortal no existir.
E Deus existe.
 Nos presta seu encanto, amaina meu pranto, em Lucca acontece.
Numa noite de terça, uma foto de um anjo ampara uma vida sagaz nos seus olhos, missão pra seguir, azul pra externar, amor pra sentir.
Lucca, sou pra você sem me medir.

domingo, 11 de março de 2012

Dias melhores virão, são 12 os motivos em Simões (PI)





Conforme comunicara nesse espaço de discussão, no dia 01/02/2012, devidamente documentado na insígnia eletrônica http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=1757568854872079207#editor/target=post;postID=8718292836032002231
aqui não mais abordaria a política simoense por questões de cunho eminentemente político-pessoal.
No tempo certo e com as pessoas legitimamente envolvidas pretendo fazer as narrativas, num debate movido pela dialética, como entendo que deve ser esse o objetivo a ser perseguido por parte de todo e qualquer indivíduo que é partícipe de um grupo político. Trazendo amiúde : roupa suja se lava em casa.
No entanto, em nenhum momento me pronunciei em contradita a tudo aquilo que tratei de registrar nesse espaço, tão pouco assim o fiz juntamente as pessoas que me delegaram tarefas no coletivo.
Vale salientar que, sem qualquer interesse manifesto, barganha ou contrapartida, quando muitos andavam de moringa na mão na busca de risíveis moedas em troca do exercício da cidadania, o autor deste blog, mas precisamente no dia 02/11/2011, pronunciava-se em prol do movimento "Valdeir vem aí", conforme testemunha a página eletrônica http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=1757568854872079207#editor/target=post;postID=708552386104861717 com identidade revelada, por entender que o melhor para Simões (PI) seria eleger o empresário em questão, numa análise contextual, sustentável, econômica e política de um processo que até então apenas se iniciava.
Não tinha dúvidas, são 12 os motivos, e aqui tratarei de torná-los evidentes :

1 - Localizada a 800 km do Recife e cerca de 400 Km de Teresina, para se chegar em Simões (PI)é preciso cortar a dívisa entre os estados e andar 30 Km de carro, para quem deseja evitar a estrada de barro por trás do hotel em Araripina. O que tem a ver com a política  simoense essa narrativa geográfica ? Tem sim, e muito, pois aquela humilde gente precisa de um gestor com livre trânsito, visão e capital social para enxergar o desenvolvimento local numa perspectiva ampla, empreendendo junto ao empresariado, ao terceiro setor, a sociedade civil organizada, com altivez, dispondo de  currículo e credibilidade.
2 -  Capacidade para atuar na indução das mudanças, desvelando potencialidades, quebrando a subserviência com a indústria da seca .
3 - Humildade. Nesse sentido, um dos primeiros gestos gerou marcas indeléveis, pois não se fez de rogado e foi atrás de quem por toda uma vida fez oposição ao grupo que hoje comanda sem quaisquer sentimentos de vinditas.
3 - O compromisso em implementar o cooperativismo, o associativismo.
4 - Implantar o orçamento participativo, elegendo delegados nos distritos estrategicamente representados instituindo práticas democráticas na condução da gestão.
5 - Universalização da saúde com transparência e descentralização da gestão em parceria com a sociedade na fiscalização dos gastos públicos.
6 - Promover convênios com a EMBRAPA, com o Ministério da Ciência e Tecnologia na perspectiva de desvendar potencialidades agrárias, bacias de  extração de minérios, alavancando a economia da região.
7 - Firmar resoluções com o Sistema S (SESI, SENAI, SEBRAE) para capacitar, qualificar e requalificar trabalhadores rurais.
8 - Implantar um Plano de Cargos e Carreira para todos os servidores públicos em estrita observáncia ao critério da meritocracia, com Educação Integral e valorização aos docentes.
9 - Disseminar políticas públicas voltadas para o combate às drogas e ao alcoolismo.
10 - Estabelecer parcerias com as igrejas, com as rádios comunitárias, comunicando a gestão e democratizando a participação popular.
11 - Capacitar servidores públicos para a gestão de projetos em condição de gerar fluxo orçamentário juntamente ao Estado, o Governo Federal e as ONGs.
12 - Estabelecer um Plano de Metas em condições de ser exequíveis nos próximos 4 anos através da gestão de um Planejamento Estratégico.

Não bastasse a farta margem de fatores elencados nesses 12 tópicos e uma vez convencido da urgência em romper com a máxima do descrédito público constituída por políticos que "calçam 40". Afirmar o nome do empresário Valdeir Carvalho para representar o executivo municipal em Simões, é acima de tudo ratificar um compromisso com o desenvolvimento local, com a gestão producente e eficaz, com o respeito a democracia, resgatando a credibilidade das instituições públicas, sabedor que em política, se você quer mudar o mundo, dê o primeiro passo.
Muito a de ser feito, não tenho dúvidas. Coordenar, planejar, organizar a gestão do processo eleitoral é o primeiro passo. Elencar os atores, delegar responsabilidades, oficializar a quem cabe fazer a comunicação das decisões tomadas, eliminando o disse-me-disse, o buchicho, a perfumaria, indubitavelmente são etapas a serem vencidas sob o risco de não se semear a discórdia.
No entanto, senhores, como diria Aristóteles : "a dúvida é o princípio da sabedoria ".
Valdeir, sim senhor, pois dias melhores virão e o sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz, são 12 os motivos.

A difícil arte de se perder uma eleição : O Marketing às avessas




Poeta, contista, homem com sobra de gestos para percepção de como se posta o mundo, Charles Bukowski agiu como muita propriedade na sua oferta sobre a contemporaneidade : "O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas estão cheias de certezas ".
Formatando-se o quadro político sucessório para 2012, no afã de consagrar suas mediocridades, atreladas ao hoje, indivíduos de todos os matizes ancoram suas pretensões ocupando agendas, demarcando espaços no gozo de privilégios sub-reptícios espalhando suas verves, paradoxalmente respaldados numa grife, reles fetiche intrínseco ao processo político-eleitoral.
Uma vez imersos no calendário, partidos, movimentos sociais, políticos, a mídia, já não consegue dar um passo sem a pronúncia da fala desses arautos.
Somas rizíveis de recursos passam a ser disponibilizados para validar desde o vestuário, a altivez da voz, o pai de santo a ser consultado, até a concretude do discurso, como se fosse possível em uma campanha de 6 meses construir um legado capaz de gerar o convencimento público.
Trata-se dos marqueteiros. Alguns preferem a missiva de analistas políticos, sociólogos, jornalistas, comunicadores, mas, indubitavelmente, atores da globalização.
Algo como o Dr. Google,o Sr. Delete, falam , negam, acusam, dispondo de fórum privilegiado no planejamento e execução das campanhas.
No entanto, tenho de confessar, pra quem entende um pouco do riscado, em 2012, tão mais pra animadores de auditório, locutor de picadeiro de circo do que para o conceito que carregam.
Já vi candidato ridicularizado ter que ir pra aniversário de opositor e pagar mico. Empresário levar tropa de choque com camisa de cipeiro pra se vender como empreendedor. Gente que nem de política gosta negar o homem que carrega o andor, sem saber que o santo é ele mesmo e que é de barro. E vice ser mudado todo dia numa nota só propagando o samba do crioulo doido.
O caso do Recife então, em 2010, nesse mesmo blog, alertávamos para o perigo do lançamento da candidatura de um senador que com mais um mês de campanha, tivesse oposição, perderia as eleições.
Nesse ano, de maneira caudalosa, o prefeito atual consegue quase alcançar unanimidade na própria frente que o elegera. E, pasmem, pode sair candidato a reeleição, não obstante os últimos informes trazerem a negativa.
Nos grotões, sobretudo na divisa Pernambuco/Piauí, é um tal de faz me rir digno de observação acadêmica por conta da fartura de atropelos, mediocridades e desgastes políticos gerados na própria base de sustentação de candidaturas em que o povo já consagrara a um bom tempo.
Enfim, nesses contextos o material é farto para se abordar que caminho trilhar com tanta arte para se perder uma eleição.
Por esses eixos o marketing oferece caminhos para o muro andar em cima do gato e pro poste mijar no cachorro, é as avessas do plus de comunicação.

domingo, 4 de março de 2012

Ode ao medo



 
É, foi preciso conclamar pra encontrar o que temia.
E nem dor ainda era.
Como então ?
Como assim ?
Nem escorreguei,
Nem de pernas por ar tudo estava.
E você não me avisa, numa ode sem língua
mingua tudo, o grito contido, o elo perdido,
o medo de andar.
Com seu mal costume de seus ritmos
pouco nos resta. Só uma fresta. Do que
tive de bom, do que bom ainda prezo,
dos filhos, da música, do calor da sua réstia,
do que franze minha testa.
Tou me guardando, tentando lutar, inseguro
 e sangrando, sedento por atraso, clamando
pelo estanco de um mundo que cresce a ver
se você me esquece e carrega sua agenda pra lá.
E, pedindo licença ao poeta :
A gente vai contra a corrente, até não poder resistir.



 
 
 
 

sexta-feira, 2 de março de 2012

Para muitos apenas uma capa de jornal



Já tinha aberto cinco janelas na tela do PC, nada que fugisse ao corriqueiro: o Face de bate pronto, meus e-mails, passei pelo www.caotico.com.br, onde testemunho a fase de registros da intrépida passagem de Inácio França por Sampa,no jornalismo policial, espio o www.estuário.com.br de Samarone, esmiuço o resumo de notícias,espécie de revisão eletrônica, bem condensada por @smbuarque,-  Sérgio Miguel, Editor do Diario de Pernambuco -, que prestes a desligar a máquina virtual, vejo navegar um timoneiro da mais alta estirpe no mundo da comunicação, em plena sexta-feira de março, depois de todos os carregos de uma semana digna de ser esquecida.`
Para muitos, não tenho dúvidas, apenas uma capa de jornal, algo que passa por um estágio de descrédito para com uma boa parte da massa crítica nesse mundo cheio de recursos identitários.
Para mim, amanhã já tenho discurso pra dispensar o telemarketing pegajoso do Jornal do Comércio,conseguiram me vender uma assinatura, mas num renovo nem que neve no Recife e o JC traga o furo em matéria de capa.
Quem responde pela singularidade do trabalho assim, enquanto parte de uma equipe que vara a madrugada na elaboração do que entendo por fascinante, há um certo tempo sigo seus passos.
Desde a intrigante e multifacetada pesquisa sobre as motos nas metrópoles, passando pela chacina naquela escola pública do Rio de Janeiro a mais recente capa de Mazola -  "cantando de galo", que ouso oferecer passagem pra minha ânsia, quando me dirijo a primeira banca de jornal, depois de acompanhá-lo pelo twitter, no afã de fazer o encontro com mais um exercício de jornalismo producente em Pernambuco, já reconhecido por outras bandas mundo afora.
Fred Figueroa faz a diferença  por fazer acontecer no jornalismo uma percepção dos fatos descompromissada com nichos ideológicos, políticos, corporativos ou por trilhar técnicas,estéticas da comunicação em compasso com os prosélitos.
 Fred é uma prova inconteste de que ali existe um indivíduo. Um ser não disposto a seguir regras, obedecer ordens e seguir rotinas que reproduzam o que se convenciona.