segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Traços, retratos e esculhachos de um Carnaval lúdico l

Muito embora, hoje, ainda seja segunda-feira momesca - e muita coisa ainda está pra acontecer - arrisco-me a revelar o testemunho de um dos carnavais mais singelos, poéticos e seguros dos últimos tempos. Iniciei o mesmo com as devidas deferências ao sítio matriz olindense, onde transitei por Pitombeiras em seus ensaios antológicos, saudei os maracatus, marquei o passo no Amparo, e na trilha do bem viver me vesti de saudades. Seguindo seu ritmo, fui ao Baile Municipal e adquiri a carteirinha de folião recifense, uma vez que nunca tinha ido a eminete marca do Carnaval recifense em sua epopéia humana.Confesso que não vejo nada de errado em ser feliz e - Carnaval é arte e nos oferece o sentido desse concerto - em que pese sua condição efêmera.Senão vejamos: velhos amigos( passei por Demétrio, Guilherme, Rinaldo);amigos novos(Fernando,Rubão, Ana Augusta),  vivi a vida de frente e de costas, não feri o bom senso, alimentei-os de riso, e assumi uma responsabilidade individual para com a liquidez humana . Confesso que cansei, 125 kg já não respondem as instigações do alter ego, mas no traço, retraço e esculhacho desse  ciclo momesco, sinto-me recompensado. Bem aventurado quem vive no Recife, pois ao acordar, ouve os clarins; saindo de casa, enxerga um mascarado; e ao se cansar traz consigo os ritos, passos e descompassos de um povo que ferve ao som do frevo e extravasa emoções num balé sincopado de emoções.

Um comentário:

  1. Parabéns pelo texto! Muito obrigada por sua amizade. Chegou em boa hora, num bom momento. Brindemos, pois, à nossa amizade!

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