terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Traços, retratos e esculhachos de um Carnaval lúdico ll
Onde foquei, presenciei a marca de um Carnaval em paz, sem o peso da hipocrisia do comércio de camisas alusivas ao tema. Galo da Madrugada, Recife Antigo, pólos, internet e o atraso dos periódicos, nada reproduz a contra-regra dos ritos de violência que mancham espetáculos.Em cada riso uma foto, a cada beijo mais um flash,mas vem do estado de espírito de um povo que absorveu o bom zelo dos atores públicos, que o reinado de momo atuou como registro para a coexistência pacífica na Terra do Frevo.Como é da gênese desse fenômeno de massa, os escrachos e esculhachos sinalizaram para a égide sócio-política, passando por Arruda, Serra, Dilma, sem deixar de lado os nativos dos Joãos. Fantasias de Judas, Caim, banheiro móvel, Lilis (mais uma vez não chegou), bem como os enxertos da pós-modernidade, garantiram presença em um Carnaval multifacetado, onde a alegria foi soberana. Pra variar o gosto de quero mais já é trava na boca dos foliões; como recompensa levaram os amores, promessas, fantasias e a certeza de que nesse mundo inseguro, anômico e niilista, é possível ser feliz no reencontro com a arte da vida manifesta nos mais belos gestos de um Carnaval que só Pernambuco tem.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário