quarta-feira, 25 de julho de 2012

O fenômeno dos Vice-Prefeitos em 2012


Tiriricas à parte. O fenômeno que teima em se apresentar no contexto sócio-espacial nas eleições municipais de 2012, passa inegavelmente pela relevância dos vice.
Até então, mero apêndice na composição das chapas majoritárias, registrados apenas para cumprir disposições regimentais, oxigenar caixas de campanha, - a figura dos vice ganhou representatividade no tabuleiro dos enxadristas em política, ao ponto de direcionarem o voto dos eleitores, elaborando uma engenharia de sustentação nos palanques das coalizões, sertão adentro, atuando como multiplicadores de intenção para o sufrágio.
Em Curaçá (BA), Carlinhos Brandão (PPS) animou a militância, tirando o sono da situação, - leia-se Salvador (PT), candidato à reeleição, - indicando  Dr. Rogério Bahia, jurista, filho de um ex-prefeito da cidade na vice, revertendo um quadro até então de fácil leitura pros governistas.
Santa Maria da Boa Vista (PE), do outro lado do Rio, repete a opereta com José Gualberto (PMDB) munido por uma candidatura lançada há cerca de dois meses,que oxigenou sua chapa com a indicação de Antônio Pereira (PV) , ex-vereador, com bases junto ao Projeto Fulgêncio, extenso colégio eleitoral da municipalidade,
Últimos trackings nas duas localidades apontam para um empate técnico, trazendo à tona a fenomenal incidência dos vice, - Dr. Rogério como puxador na sede e Antônio Pereira alavancando votos significativamente no projeto -, apresentando-se, até então, como diferencial no contexto atual.
No caso do Recife, basta acompanhar uma caminhada do PT, que se observe o  assombro da participação do ex-prefeito, João Paulo, quando convidado a se pronunciar em discurso nesses atos públicos. Um Pop Star. Um mito.
Os números, paradoxalmente, 40, pro PT, não obstante o número representar a insígnia do PSB.
Pelo visto, antes da propalada reforma política, reformam-se as concepções dos arranjos politico-eleitorais.

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