Comecei o ano do jeito que terminei 2009, fugindo das convenções dos festejos. Dia 31, como no Natal, fiz minha imersão etílica - por mais convencional que seja no âmbito das minhas rotinas -investi no desate dos nós, na seguinte ordem: paguei o que podia ser pago, assumi outros compromissos, dediquei espaços a minha mudança pra Torre e não fui à praia. Rompi com minha praxe.Senti um certo peso na consciência por não fazer minhas oferendas altruístas. Pensei no passado, agradeci pelo presente de está vivo e na labuta, olhei pro futuro, e no meu íntimo, pedi forças na fé pra superar minhas limitações, investi numa dieta e não reagi de maneira açodada perante os conflitos da vida.Sinto-me mais maduro, o que é indispensável para a evolução do ser. Estou mais contido, já falo em primeira pessoa, e bati estacas no combate à exclusão. Tirei proveito conjugais da poética chuvinha no primeiro dia de 2010, dediquei-me à leitura, e venho resistindo aos convites do astro rei em prol de uma praia na base da cerva. Sinceramente, num sei onde isso vai dá, hipocondríaco que sou, preciso fazer opções, nem que seja me libertando dos carboidratos noturnos, regados a caminhadas nem um pouco prazerosas. Por enquanto, tiro proveito de entrar mais um ano com a cabeça fresca, feliz, disposto e focado no amor como combustível inexorável para encontrar sentido na vida. Algo parecido com o revoar dos pardais no amanhecer do dia, em frente a janela do meu apartamento, o qual já sinto saudades por ter que deixá-lo em minhas memórias.
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