sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Minha vontade é forte, mas a minha disposição em lhe obedecer é fraca (Carlos Drummond de Andrade)


Com as defecções do BB e dos bancos privados, é possível perceber as insinuantes reações dos prepostos dos banqueiros visando o encerro da greve. No entanto, movidos pelo descaso com a pauta, pela falta de um piso decente, as barrigadas com o PCCS e, numa certeza que o voo da vida, inexoravelmente, nos traz de volta pro solo, que os bancários, destemidamente, aceitaram a ideia de desafiar quem outrora os defendera (leia-se a atual gestão da CAIXA), indignados em suas condições "naturais". Como diria Bauman: "como não nos é permitido esquecer nossa natureza, continuamos desafiando-a". Por mais louco que isto pareça, uma vez que não se tem segurança, ficando a reboque do incerto, mais loucos ficar-se-à caso venha a se aceitar o estado letárgico de sociedade que chama para compartilhar, concordar, sem que se busque a dignidade da coexistência. Qualquer pesquisa que se faça, encontra-se com facilidade o reconhecimento dos lucros históricos, exorbitantes dos bancos, ilustrados nos balanços de suas organizações. Ao passo que se acumulam doenças laborais, perdas salariais, demissões, enxugamento de pessoal, e o recorrente assédio moral, resultando numa manutenção do status quo dos capitais transnacionais, tendo como contra partida o veneno do absurdo da exploração dos homens pelos homens. A palavra de ordem é intensificar as mobilizações e lotar as assembleias

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